domingo, 12 de abril de 2009

Charles Bukowsky e Darini sobre a arte de escrever

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Disse o velho safado:

"Não há nada que impeça um homem de escrever, a não ser que ele impeça a si mesmo. Se um homem quer realmente escrever, ele o fará. A rejeição e o ridículo apenas lhe darão mais força. E quanto mais for reprimido, mais forte ele se torna, como uma massa de água forçando um dique. Não há perdas em escrever; faz seus dedos do pé rirem enquanto você dorme; faz você andar como um tigre; ilumina seus olhos e coloca você frente-a-frente com a morte. Você vai morrer como um lutador, será reverenciado no inferno. A sorte da palavra. Vá com ela, mande-a. Seja o palhaço nas trevas. É engraçado. É engraçado. Mais uma linha..."

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E digo mais: o escrever te faz ser um "deus": você cria e destrói mundos, pessoas, personagens, ideias... o que sai da sua caneta, do seu lápis ou do toque no teclado é como o sopro de inspiração que vai atingir pessoas que você nem conhece. É mágico, é sobrenatural.

Acredito que, SEMPRE, em todas as ocasiões, o escritor coloca sua alma, sua mente à mercê dos leitores. Cabe, sim, a eles, desvendar esses "hieróglifos" da melhor maneira que lhes convier e, por que não, SE lhes convier.

- Darini

2 comentários:

Edward disse...

De fato, a vontade de escrever às vezes é irrefreável. Os parágrafos vêm aos borbotões, parece que não vamos conseguir processar tudo o que está na nossa cabeça!

Leo/Corredor X disse...

Tá mais do que certo o Bukowsky. Ainda mais ele, que consegue transformar até o relato de acidentalmente ter feito sexo anal com um amigo desmaiado em algo interessante de ser lido.