segunda-feira, 27 de abril de 2015

É o Fim do Mundo!

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Bactéria fanática religiosa em 3 bilhões de anos AC: Nossa, um terremoto, um tornado e um vulcão ativo! As escrituras estão corretas, é o fim do mundo!

Artrópode fanático religioso em 570 milhões de anos AC: Nossa, um terremoto, um tornado e um vulcão ativo! As escrituras estão corretas, é o fim do mundo!

Dinossauro fanático religioso em 200 milhões de anos AC: Nossa, um terremoto, um tornado e um vulcão ativo! As escrituras estão corretas, é o fim do mundo!

Primeiro mamífero fanático religioso em 150 milhões de anos AC: Nossa, um terremoto, um tornado e um vulcão ativo! As escrituras estão corretas, é o fim do mundo!

Homo habilis fanático religioso em 2 milhões de anos AC: Nossa, um terremoto, um tornado e um vulcão ativo! As escrituras estão corretas, é o fim do mundo!

Homo erectus fanático religioso em 1 milhões de anos AC: Nossa, um terremoto, um tornado e um vulcão ativo! As escrituras estão corretas, é o fim do mundo!

Homo neanderthalensis fanático religioso em 300 mil anos AC: Nossa, um terremoto, um tornado e um vulcão ativo! As escrituras estão corretas, é o fim do mundo!

=== Planeta Terra, Ano 2015 DC ===

Televisão: Tornado! Vulcão! Terremoto!



Homo "sapiens" fanático religioso: Nossa, um terremoto, um tornado e um vulcão ativo! As escrituras estão corretas, é o fim do mundo!

Moral da história: O tempo passa, e ainda pensamos como as bactérias.


- Darini

sábado, 4 de abril de 2015

Adjunto Adverbial

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Costumo dizer que o Adjunto Adverbial e o Adjunto Adnominal são como dois irmãos: um, o primeiro, trabalha e é útil para a sociedade. O segundo, coitado, não faz nada da vida além de servir de enfeite - e olha lá!

O próprio nome do Adjunto Adverbial é um pleonasmo vicioso: se fôssemos traduzi-lo, teríamos algo como “Juntojunto Juntoverbial”. Nada impediria que se chamasse “Adjunto Verbal”, ou, no outro caso, “Adjunto Nominal”. Aí vem sua professora de Português e diz para você evitar pleonasmos, não é? ;)

O Adjunto Adverbial é como o adjetivo do verbo; é ele que dá a característica de determinado comportamento. Exemplo:

Iara andou rápido.

O andar de Iara não é de qualquer tipo. É rápido. Ela até pode ser uma lerda, mas seu andar é rápido. Se, ao invés de "rápido", tivesse colocado "rapidamente", o Adjunto Adverbial estaria ainda mais evidente: o sufixo {ente} indica que é. Não vou listar ou trabalhar cada caso de Adjunto Adverbial. Sim, eles são classificados em uns 30 tipos diferentes, o que pode dar certa dor de cabeça para diferenciá-los. Mas vejamos:

Atentamente, às doze horas e cinquenta e nove minutos da última quinta-feira, Roseana, rapidamente, de carro, com Juliano, Laura e Glória, dirigiu-se, pacientemente, ao melhor lugar do universo.

Uma vez que a sequência natural da Língua é a formação:

Sujeito + Verbo + Complemento

e que Complemento = adjuntos e objetos;

Então, quando esse elemento aparecer deslocado na oração, poderá ser indicado através da vírgula. Voltando ao nosso exemplo:

Sujeito: Roseana
Verbo: dirigiu-se
Complemento: TODO O RESTO

Serão Adjuntos Adverbiais os seguintes elementos:

- Atentamente: Adjunto Adverbial de Modo
- às doze horas e cinquenta e nove minutos da última quinta-feira: Adjunto Adverbial de Tempo
- rapidamente: Adjunto Adverbial de Modo
- de carro: Adjunto Adverbial de Instrumento
- com Juliano, Laura e Glória: Adjunto Adverbial de Companhia
- pacientemente: Adjunto Adverbial de Modo
- ao melhor lugar do universo: Adjunto Adverbial de Lugar

Cada um deles separado por vírgula, indicando, assim, o final de um sintagma e o início de outro.

O Adjunto Adverbial também serve como adjetivo do próprio adjetivo! O pessoal sem criatividade poderia muito bem tê-lo chamado com o belíssimo nome de Adjunto Adadjetival (tá, Adjunto Adjetival ficaria mais correto. Mas não perderia a piada por isso!). Por exemplo:

Aquele carro é muito bonito.

Bonito = adjetivo / muito = advérbio de intensidade, pois caracteriza o adjetivo.

O adjetivo caracteriza o substantivo e é caracterizado pelo adjetivo.

            Até mesmo um advérbio com o sufixo {ente} pode ser usado com um adjetivo, como em:

(adjetivos em vermelho / advérbios em verde)

            Aquele carro é maravilhosamente bonito.       
            A comida é deliciosamente bem preparada.  
            O prédio é grandiosamente alto.                    

Lembremos sempre que o verbo é o principal elemento da oração e que para podermos classificar os advérbios, é a ele quem devemos “perguntar”. Considerando novamente o nosso exemplo:

Atentamente, às doze horas e cinquenta e nove minutos da última quinta-feira, Roseana, rapidamente, de carro, com Juliano, Laura e Glória, dirigiu-se, pacientemente, ao melhor lugar do universo.

- Atentamente (de que modo ela se dirigiu?): Adjunto Adverbial de Modo
- às doze horas e cinquenta e nove minutos da última quinta-feira (quando ela se dirigiu?): Adjunto Adverbial de Tempo
- rapidamente (de que modo ela se dirigiu?): Adjunto Adverbial de Modo
- de carro (com o que (com qual instrumento) ela se dirigiu?): Adjunto Adverbial de Instrumento
- com Juliano, Laura e Glória (com quem ela se dirigiu?): Adjunto Adverbial de Companhia
- pacientemente (de que modo ela se dirigiu?): Adjunto Adverbial de Modo
- ao melhor lugar do universo (para onde ela se dirigiu?): Adjunto Adverbial de Lugar


E quando uma oração se comporta como Advérbio?

É bem normal que uma oração faça as vezes de Adjunto Adverbial. Vejamos:

Acelerando como uma doida, depois que saiu do serviço na última quinta-feira, Roseana, rapidamente, amaciando o motor de seu carro, com Juliano, Laura e Glória, dirigiu-se, embora chovesse muito, enquanto conversava com todos sobre suas peripécias, ao melhor lugar que a humanidade jamais havia visto.

Neste caso:

Oração Principal: Roseana dirigiu-se.

Procedemos, então, da mesma forma para classificarmos as Orações Subordinadas Adverbiais:

Roseana dirigiu-se de que modo? Acelerando como uma doida (Oração Subordinada Adverbial Modal)
Roseana dirigiu-se quando? depois que saiu do serviço na última quinta-feira (Oração Subordinada Adverbial Temporal)
Roseana dirigiu-se de que modo? amaciando o motor de seu carro (Oração Subordinada Adverbial Modal)
Roseana dirigiu-se apesar de quê? embora chovesse muito (Oração Subordinada Adverbial Concessiva)
Roseana dirigiu-se quando? enquanto conversava com todos sobre suas peripécias (Oração Subordinada Adverbial Temporal)

Entretanto, reparemos neste caso:

Roseana dirigiu-se ao melhor lugar que a humanidade jamais havia visto.

Ao se perguntar “Roseana dirigiu-se a que local?”, a resposta será uma Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta, pois “ao melhor lugar que a humanidade jamais havia visto” é Objeto Indireto (alguém se dirige A algum lugar). Ou seja, se você perguntar ao verbo algo como:

Quem / O que XXX, XXX [p] alguma coisa, onde

XXX = verbo conjugado na terceira pessoa do singular;
[p] = preposição, que pode ou não existir;


então, será Objeto Direto ou Indireto.

- Darini