quinta-feira, 11 de junho de 2009

O "chocante" empalamento

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Dando uma olhada em reportagem da Folha de São Paulo, notei que mais um livro didático teve de ser recolhido, desta vez no Rio de Janeiro, pois seu conteúdo foi considerado "inadequado" para a faixa etária a que era destinado. O motivo? Continha uma gravura de empalamento. Mas, antes, vamos analisar morfologicamente a palavra empalamento:

Prefixo: {em} = dentro
Raiz: {pal} = instrumento de madeira ou ferro.
Sufixo: {am} = efeito da ação; {ento} = aumento

Traduzindo: é o aumento do efeito da ação de um instrumento de madeira ou ferro dentro. Ai! Isso deve doer!

Mas é isso mesmo: empalamento é aquela técnica de tortura que consiste em transpassar uma vara de madeira desde o ânus até a boca de um condenado. Várias civilizações antigas a utilizavam e, provavelmente, a figura mais ilustre a adotá-la foi o conde romeno Vlad III (nosso querido Drácula).

Entretanto, não é a isso que quero me ater. Juro que não entendo essa facilidade com que "imprensa" (mais essa, talvez) e "sociedade" ficam tão chocadas com certas coisas. Ligue a televisão, veja um filme que esteja passando às 8 ou 9 horas da noite. A probabilidade de se achar violência gratuita (entre tiros, sangue e guerras) em filmes é grande. Nem vou citar a meia-dúzia de programas sensacionalistas que mostram "a realidade". Tudo ali, ao alcance de um botão do controle-remoto. Depois, ligue na novela, mas não se assuste, se seu filho de 10-12 anos fizer algum comentário do tipo: "nossa... como eles trepam mal".

E é o empalamento que os choca! Rá, rá, rá!

- Darini

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