É óbvio que não pretendo, aqui, passar o conteúdo de 2 anos de estudo (e 30 do meu professor), mas vou dar uns toques em geral. Conforme for, vou atualizando.
A fonte teórica para essas "dicas" (odeio essa expressão) é a Dialética da Língua Portuguesa, de Alcebíades Fernandes Júnior. Ele é, provavelmente, o maior conhecedor de estrutura da Língua Portuguesa hoje.
==== 26/11/2008 - CASO 1 ====
Lembra-se de quando te ensinaram Objeto Direto, Indireto, Complemento, Orações Subordinadas e tudo quanto foi nome "traumatizante" na escola? Isso tudo tinha (ou deveria ter) um objetivo comum: indicar onde iriam as vírgulas.
VÍRGULA NÃO É PAUSA! VÍRGULA INDICA DESLOCAMENTO!
Se a vírgula servisse para indicar pausa ou "respiração", o texto de um asmático teria uma a cada 2 palavras!
A Língua Portuguesa funciona da seguinte forma: Sujeito + Verbo + Complemento. E só. Chamamos de complemento uma série de elementos, como estes: Advérbios, Objetos, Predicativos etc. Um exemplo básico:
De manhã rapidamente a menina saiu de casa.
Primeiramente, localizamos o verbo: saiu.
Quem saiu? A menina - certo, achamos o sujeito. Agora, só restam complementos. No caso, são os Adjuntos Adverbiais:
Quando saiu? De manhã.
De que modo saiu? Rapidamente.
No exemplo, como não existe a ordem Sujeito + Verbo + Complemento, usamos a vírgula para indicar o deslocamento desses itens, o que nos dá:
De manhã, rapidamente, a menina saiu de casa.
A ordem "normal" dessa oração seria algo como:
A menina saiu de casa rapidamente de manhã. - Sem o uso de vírgulas, pois encontra-se a situação Sujeito + Verbo + Complemento.
Ah, isso vai dar trabalho...


- Darini